1800 até 1900 – Lagoa Guarairas e sua Historiografia.
- advcandidobarros
- 5 de mar.
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A Lagoa Guarairas, também chamada de Guarhyra, tinha a cidade de Arez-RN, que por volta de 1890 já possuía mais 3500 habitantes, tinha uma capela em homenagem a São João Batista e que funcionava um pequeno convento erguido pelos Jesuítas, este convento era o responsável pela catequese dos índios que viveram ate meados dos anos 1768 as margens da Lagoa Guarairas, em especial na Ilha dos Flamengos.
O nome da aldeia dos índios era ALDEIA JACÚMABUMA e eram predominantes nas margens do rio Jacú, as terras da Lagoa Guaraíras, por volta de 1761 foram demarcadas como terras indigenas, patrimônio dos índios que nela habitavam.
Durante a ocupação Holandesa no litoral, por volta de 1654, ocorreram grandes trabalhos cujos vestígios ainda existem na Ilha dos Flamengos, na Lagoa Guarairas, no lugar um boqueirão onde se encontra um grande aterro em linha reta com cerca de 1 (um) quilometro de extensão, todos obstruídos pela ação do tempo.
Se tem notícias dos índios aldeados em Arez até por volta dos anos 1850, existe registro de um vale na região onde foi construído a primeira aldeia de Tibau do Sul, hoje podemos observar que entre Malembar e Tibau, ainda existe vestígios de falésias dos dois lados e a região do vale que é por onde corre as águas atualmente.

Em seu livro: O RIO GRANDE DO NORTE, ENSAIO CARTOGRÁFICO, de 1818, Manoel Dantas, descreve a Lagoa Guarairas como tendo comunicação direta com o mar, pelo canal de Tibau e que as areias que as areias entopem frequentemente.

Esse apontamento nos leva a comprovar que o governo cavou um canal na tentativa de dar vazão as águas das cheias que inundavam toda a região de lavoura existente as margens da lagoa.

Outra observação é a importância da Lagoa Guarairas para o estado do Rio Grande do Norte, e a sua catalogação como Lagoa, ou seja lugar de água doce.

Para enaltecer esse trabalho, foi usada a obra de Manoel Gomes de Medeiros Dantas, nascido em Caicó, Rio Grande do Norte, em 26 de abril de 1867, foi uma figura multifacetada e proeminente no cenário intelectual e político do Rio Grande do Norte durante a Primeira República.
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